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As Origens da Educação de Surdocegos

 

Alex Garcia
Perfil


Destacar algo sobre a Surdocegueira através dos tempos significa relembrar nomes e locais que, para nós que vivemos o cotidiano da Surdocegueira, tornam-se imortais, verdadeiros mitos daquilo que caracterizou as primeiras investidas educacionais nesta área. Nosso tempo permite um breve relato desta história. A primeira criança Surdocega que foi educada com sucesso foi Laura Bridgman que entrou no Instituto Perkins (EUA) em 1837. Mas ainda, mais afável experiência foi proporcionada à humanidade por Anne Sullivan, professora surda e não menos notável aluna Helen Keller que estudou na Perkins por muitos anos. Como podemos notar, a educação Surdocegos nasceu nos EUA, consequentemente, hoje em dia, há mais portadores de Surdocegueira sendo educados e reabilitados neste país que no restante do mundo. De acordo com Kenmore (1977), os programas para educação de Surdocegos na Europa tiveram seu início na França (1884), seguindo-se na Alemanha (1887) e Finlândia (1889). Convém destacar que, em cada um destes locais, o número de alunos era muito pequeno. Em 1977, foram catalogados apenas 350 Surdocegos em atendimento em 13 países.

A Historia Brasileira

A história da Surdocegueira no Brasil tem início em 1953 com a visita da já mundialmente conhecida Helen Keller (Soares, 1999). Esta visita sensibilizou uma grande personalidade, que anos mais tardes seria nacionalmente conhecida por seus esforços. Trata-se da educadora Nice Tonhozi Saraiva.  Saraiva, já trabalhando na educação de cegos no Instituto de Cegos “Padre Chico” em São Paulo dedicou-se também a educação de Surdocegos a partir de  1962 quando tão logo voltou dos EUA. Ainda em 1962, fundou a SEADAV – Serviço de atendimento ao deficiente Audiovisual. Em 1963, por intervenção do estado a SEADAV foi transferida de São Paulo para São Bernardo do Campo. Em 1968, a SEADAV passou a se chamar ERDAV – Escola Residencial para Deficientes Audiovisuais. Em 1977, para garantir maior autonomia da escola, foi novamente alterada e passa a ser chamada de FUMAS – Fundação Municipal Anne Sullivan, que ficou sendo a mantenedora da Escola de educação especial Anne Sullivan, que funciona até os dias de hoje.

Referencias  Bibliográficas

KENMORE J. R. State od the art: Prespectives on Serving Deaf-Blind Children.1977. In: Waterhouse, E. J. Definições, Responsabilidades e Direitos dos Surdocegos.  Anais 1º Seminário Brasileiro de Educação do Deficiente Audiovisual – ABEDEV.  São Paulo, 1977.

Soares, R. A História da Educação do Surdocego no Brasil.  In: Toque: Mãos Que Falam.  Ano 1, Nº 1,  São Paulo, 1999.

Waterhouse, E. J. Definições, Responsabilidades e Direitos dos Surdocegos. In: Anais I Seminário Brasileiro de Educação do Deficiente Audiovisual – ABEDEV.  São Paulo, 1977.

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